E tudo começou... Como é que foi mesmo?

Gostaria de iniciar esse blog contando como o Patchwork entrou na minha vida, mas... Sinceramente? Não sei! Quando vi já estava envolvida com tecidos, linhas e agulhas. Parei para me perguntar como cheguei até ali e não consegui achar resposta.

Lembro que comprei uma capa de Bíblia na livraria da minha igreja. Sempre gostei de tecidinhos floridos e a capa da Bíblia era feita com tecidinhos lindinhos, cheio de florzinhas. Daí vem o “branco”. Como soube que aquela capa era de Patchwork? Você deve concordar comigo que esse termo para quem não conhece é um tanto estranho! Como descobri essa palavra? Como comprei a minha primeira revista e qual foi a primeira? Hoje tenho um monte delas!

Sei que em setembro de 2008 minha mãe me presenteou com a minha primeira máquina de costura, uma eletrônica, Singer Cosmo 7426. Guardei a data, pois era meu aniversário. Eu que escolhi a máquina já pensando nos pontinhos que poderia usar nos meus trabalhos. E olha que até então não tinha nenhum! Nem sabia mexer na “bendita”, aprendi com o manual.

A primeira peça que fiz foi um porta-tesouras. Aprendi em um vídeo no You Tube com a Vera Patchwork.

Resolvi procurar um curso e em uma de minhas revistas encontrei o endereço da minha primeira professora de Patch, Vivi Prado. Criatura abençoada! Sua simplicidade e simpatia me conquistaram de imediato. Aprendi a fazer algumas peças com ela que também me deu várias dicas sobre essa maravilhosa arte.

Pena não ter dado certo continuar no curso, pois o mesmo era bem contramão da minha casa, além disso, meu filho tinha apenas um aninho e a única pessoa que eu tinha para cuidar dele era o meu marido. Ele deixava de ir trabalhar uma manhã inteira por semana só para eu ir até o curso. Só que ficou difícil continuar nesse ritmo e precisei parar.

Moro em um apartamento e minha sala de jantar já estava se tornando um mini ateliê. Complicado, principalmente para receber visitas.

Aí veio a idéia. Minha mãe tinha na casa dela uma garagem sem uso. Perfeita para montar um ateliê! O meu Ateliê!

Incrível como tudo foi rápido. Claro que o marido ajudou, e muito! Compramos placas de madeira para fazer a mesa, a bancada para a máquina e uma estante suspensa. Improvisei um espaço para passar os tecidos, algumas coisinhas a mais e... Ateliê montado!!

Na época meu filho estava começando a andar. Colocamos um cercadinho pra ele poder ficar mais a vontade, depois passou a passear por lá com o andador. Hoje tem uma barraca montada e um cantinho só dele com vários brinquedos.

Apesar de toda a estrutura não consegui produzir muita coisa por conta da má administração de tempo. Me atrapalhei bastante para ao mesmo tempo ser mãe, ser esposa, ser dona de casa (não tenho empregada) e ser dona (e aprendiz) de um novo e próprio negócio.

Neste ano o Guilherme começou a frequentar uma escolinha no período da tarde. Isso ajudou, mas ainda não cheguei onde quero.

E onde quero chegar?

Quero dar aulas! Quero ter encomendas! Quero ganhar minha própria renda!

Vi que para conseguir tudo isso, com excelência, pois as coisas pra mim tem que ser feitas com perfeição, precisava voltar a ter aulas. A primeira opção que achei foi um curso on-line que estou fazendo. Esse curso me ensina algumas técnicas em Patch à mão. Não é a melhor opção, nada como um curso presencial, mas por conta das circunstâncias achei interessante, pelo baixo custo e por me dar a liberdade de não precisar sair para realizá-lo.

Além desse curso já estou me programando para no próximo ano (2011) fazer outro, dessa vez presencial e à máquina.

Acho que depois disso vou estar mais preparada para dar aulas. E mais segura para aceitar mais encomendas.

Isso é apenas o início e sinto em meu coração que muita história ainda vem por aí.

Como disse, não sei ao certo como tudo isso começou, sei que hoje sou apaixonada pelo Patchwork e quero estar cada vez mais envolvida com ele.

Sou grata a Deus por me proporcionar tudo isso. Creio que foi Ele quem me conduziu até aqui e continuará me dando a orientação certa do caminho que devo seguir.

Sou grata ao Pedro, meu marido amado. Pelo incentivo, paciência, amor, ajuda... Sei que posso conta com ele em todas as horas (Te amo Pê!).

Sou grata a minha mãe por ter me dado a máquina e me cedido o espaço para o Ateliê. Foi uma grande ajuda! Coisas de mãezona.

Sou grata ao meu filho. Se não fosse o Gui talvez hoje ainda estivesse trabalhando em escritório. Sou formada em Secretariado Executivo, e achava que iria trabalhar em escritório o resto da vida, só que depois que o Guilherme nasceu, muita coisa mudou. Parei de trabalhar fora para me dedicar a ele. E nesse tempo descobri o Patchwork. Acho que se estivesse no antigo trabalho não iria me dedicar e nem ter tempo para meus paninhos. Entendo que foi por causa do Gui que minha vida mudou. E mudou para muito melhor! (Obrigada filho!).

Outra coisa muito prazerosa no mundo do Patchwork são as amizades que fazemos. Conheci muitas pessoas especiais.

Enfim, é tudo de bom!

Este blog é fruto dessa paixão. Espero que goste de passar por aqui de vez em sempre. Será muito bom fazer novas e boas amizades, encontrar velhas amigas, além de poder compartilhar muitas coisas desse Maravilhoso Mundo do Patchwork.

Beijos e até breve.

Márcia Valéria.